A vereadora Léo Kret do Brasil (PR) não venceu o concurso do reality show O Trio, da TV Aratu, mas deve ganhar muita dor de cabeça nos próximos dias. A participação da legisladora de Salvador no programa, em que ela protagonizou momentos sensuais, revelações íntimas e até bate-boca, é questionada como uma suposta quebra de decoro, pois seu comportamento no esquete não seria condizente ao de um representante da Câmara Municipal. “O vereador é eleito para representar o povo, função que é inerente à Câmara. É evidente que, para isso, não é recomendável à conduta de um vereador a participação em um programa do tipo Big Brother. Teve até um deputado nos Estados Unidos que renunciou porque uma foto dele de cueca vazou na internet. Não precisou nem ser denunciado. Se aquilo é falta de decoro, imagine”, avaliou o advogado Ademir Ismerim, especialista em direito eleitoral, em entrevista ao Bahia Notícias. Nesta segunda-feira (13), a edil conseguiu a aprovação de uma licença retroativa na Casa, de 1º a 16 de fevereiro, a qual considera como garantia de que estava afastada do mandato e poderia integrar o elenco de O Trio sem sofrer qualquer punição. “Isso não tem nada a ver. Ela pode estar licenciada, mas não deixa de ser vereadora”, reiterou Ismerim. O corregedor da Câmara, Alcindo da Anunciação (PT), contatado pelo BN, prometeu analisar o caso juridicamente. “Estou esperando ser convocado. É uma coisa que preocupa. Ela é artista, mas tem que se observar se ela teve algum comportamento que quebrou o decoro. Vou me debruçar para fazer essa avaliação. Vou até ligar para Ismerim para ver se ele me dá uma orientação”, assegurou. A reportagem tentou falar com Léo Kret, mas, após a identificação, ela desligou a chamada. Caso ela seja denunciada, poderá enfrentar um processo de cassação, cuja votação será aprovada se houver consentimento de dois terços dos seus colegas de plenário.
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