Nos centros de compras de São Paulo, como o Shopping Cidade Jardim, crianças já não são bem-vindas no colo do bom velhinho, revela reportagem publicada neste domingo pelo Estadão."É apenas um cuidado de abordagem", minimiza a superintendente do shopping, Renata Fava. "A orientação é para que o Papai Noel procure colocar a criança ao lado, em vez de pegar no colo", comenta a gerente de marketing, Andreia Perini. Papais Noéis ouvidos pelo jornal foram unânimes em criticar a medida. "Imagine só a frustração da criança, que espera o ano inteiro para correr para o colo ganhar um abraço do Papai Noel...", diz um deles que, com receio de perder contratos futuros, pediu para não ter seu nome revelado. Considerado o Papai Noel brasileiro mais antigo em atividade - são 45 anos de profissão -, Silvio Ribeiro, de 63, explica que essa preocupação surgiu depois que um shopping americano foi processado por um pai que fotografou o bom velhinho com a mão sobre a perna de sua filha. Ainda de acordo com o Estadão, especialistas também tendem a ver esse excesso de zelo como uma postura neurótica. "Não vejo nenhum mal no fato de o Papai Noel botar uma criança no colo", diz o psicólogo Carlos Eduardo Carvalho Freire, professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Por outro lado, ele diz que não acredita que essa proibição possa atrapalhar o lugar do bom velhinho no imaginário da criança.
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